Ministro Tarcísio de Freitas participa da NT Expo durante o seminário Pro Trilhos

O ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, participou do seminário Pro Trilhos, que aconteceu durante a abertura da NT Expo – Negócios nos Trilhos, que aconteceu ontem, dia 15, no São Paulo Expo, em São Paulo. Tarcísio, juntamente com a equipe do Ministério da Infraestrutura, falou sobre as ações do programa Pro Trilhos, através do novo modelo de autorizações, para promover o renascimento do transporte ferroviário no país, destacando o programa criado para atrair investimentos privados em ferrovias.

Tarcísio destacou que a alta adesão do setor privado surpreendeu o Ministério. Esperávamos cerca de oito pedidos de autorizações, mas tivemos uma grande surpresa quando recebemos 80 pedidos 80 pedidos de autorização para a construção de ferrovias de diferentes players do mercado, além das empresas concessionárias tradicionais. “O setor privado entendeu que é preciso resolver o seu problema de logística e resolveu assumir o risco”, disse.

Hoje, o Pro trilhos conta com 27 contratos já assinados entre o Governo Federal e setor privado. Com isso, a previsão é de que o país deve ganhar mais 20 mil quilômetros de novas ferrovias e a participação do modal ferroviário na matriz nacional vai passar dos 20% atuais para 40% até 2035. “Além dos pedidos de autorização, temos as novas concessões, o investimento cruzado e as renovações antecipadas, gerando uma matriz de transporte mais equilibrada, sustentável e barata”, destacou.

Concessionárias e Autorizatárias

O seminário Pro Trilhos, que aconteceu durante a abertura da NT Expo, além da participação do ministro da Infraestrutura, contou com a participação de concessionárias e autorizatárias, que apresentaram seus projetos e investimentos no setor para os próximos anos.

Representantes das concessionárias: BAMIN, MRS, VLI, Rumo e Vale apresentaram, no painel 1, seus projetos e investimentos. Os painéis 2 e 3 foram divididos entre 12 autorizatárias: BRACELL, LOGÍSTICA SUZANO, FAZENDA CAMPO GRANDE – Projeto do Centro Logístico Campo Grande, PORTO AÇU: A solução logística para o Sudeste, ELDORADO BRASIL CELULOSE -Logística da Celulose, FERROESTE – Projeto Nova Ferroeste, DOHA INVESTIMENTOS, 3G Empreendimentos, MACRO DESENVOLVIMENTO, GRÃO PARÁ, PETROCITY e MINERVA PARTICIPAÇÕES.

Entre os projetos apresentados, está o projeto da 3G Empreendimentos, que visa a construção de uma ferrovia no Pará com 1.370 quilômetros de extensão, ligando o Estado de Barcarena a Santana do Araguaia. De acordo com Maurício Girardello Filho, sócio diretor da 3G Empreendimentos, o projeto, com investimento estimado em R$ 10 bilhões, visa um sistema integrado logístico com o porto Vila do Conde, que terá, por exemplo, o calado ampliando com a dragagem do canal de Quiriri. A Grão Pará Multimodal apresentou um empreendimento conjunto de ferrovia e terminal de uso privado na Baia de São Marcos, no Maranhão. A Ferrovia EF-317, com 520 quilômetros de extensão prevê a ligação entre o Terminal Portuário de Alcântara e Açailândia. De acordo com Paulo Salvador, diretor da Grão Pará Multimodal, o projeto deverá aumentar a capacidade ferroviária e portuária para o escoamento da demanda do agronegócio e da mineração.

A Macro Desenvolvimento apresentou o projeto da Ferrovia EF-352, que prevê interligar Presidente Kennedy (ES) a Conceição do Mato Dentro (MG) e a Sete Lagoas/MG, na fase inicial e, posteriormente, à Macro Central (Sete Lagos – MG a Anapolis – GO). De acordo com o CEO da Macro Desenvolvimento, Fabrício Cardoso Freitas, o prazo estimado para o projeto ser concluído é de 10 anos e o objetivo principal é o transporte de minério de ferro da região de Minas Gerais.

José Maria de Mello Firmo, do Porto do Açu Operações S.A, falou sobre o projeto da ferrovia, com 41 quilômetros de extensão, conectando os terminais do Porto Açu ao ramal principal da ferrovia que interligará a região Norte Fluminense à malha ferroviária nacional. O projeto, com investimentos de R$ 610 milhões, indica um potencial de escoamento de 16 milhões de toneladas, sendo 8 milhões de toneladas de grãos.

Fonte: Assessoria de Imprensa Greenbrier Maxion / AmstedMaxion