Em live da BCG in Brazil, Tarcísio Gomes de Freitas fala sobre cronograma de obras e novos protocolos sanitários para transporte sobre trilhos
O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, participou, nesta terça-feira (19), da live “Covid-19 – Impacto em Ferrovias no Brasil”, promovida pela BCG in Brazil. Durante quase duas horas, ele debateu com representantes de diversos segmentos do setor ferroviário os desafios e perspectivas para as ferrovias no momento presente e no pós-crise do coronavírus.
Freitas citou medidas adotadas pelas concessionárias de ferrovias assim que a pandemia chegou ao Brasil, como protocolos de higienização; compra e distribuição de alimentos; e, até mesmo, a colaboração na construção do Hospital de Campanha do Vale do Paraopeba (MG). “Conseguimos minimizar o impacto nas ferrovias mantendo as atividades, sobretudo de transporte de grãos e minerais. Estamos superando a crise sem problemas de abastecimento”, afirmou. Um grande aliado no processo é o setor de agronegócio. A safra de soja, por exemplo, teve recorde de produção em março e abril.
Ele também citou o cronograma de obras de infraestrutura no setor ferroviário, que continua em andamento, mesmo com a pandemia. A Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol), por exemplo, segue em obras e deve ter um segmento licitado ainda este ano. Além disso, o governo deve assinar, em breve, a prorrogação antecipada do contrato da Rumo Malha Paulista, que prevê investimentos de R$ 6 bilhões em seis anos e aumento do transporte de 35 milhões de toneladas para 75 milhões de toneladas no período.
A Ferrovia Norte-Sul também segue em obras e deve ter a operação do tramo central vigente a partir do próximo ano. O governo prevê, ainda, investimentos em ramais ferroviários no Porto de Santos, a fim de contribuir com o escoamento das exportações e importações brasileiras, além das renovações antecipadas dos contratos da Estrada de Ferro Carajás, Estrada de Ferro Vitória-Minas e MRS Logística S.A. Os estudos para a concessão da Ferrogrão também devem ser enviados em breve ao Tribunal de Contas da União (TCU). “Com todos os investimentos e obras previstas, temos a expectativa de alterar a matriz de transporte ferroviário para 30% em oito anos”, enfatizou.
Por fim, o ministro ressaltou a participação dos investidores estrangeiros nos leilões futuros. “Eles sabem que temos demanda e potencial. O interesse em nossos projetos é alto porque temos uma matriz de risco equilibrada e respeitamos contratos”, disse. Freitas enalteceu, ao final, a importância da iniciativa privada, neste momento, no sentido de não apenas se adaptar às mudanças advindas com a crise, mas, também, na medida em que se torna essencial para fazer com que o Brasil retome a sua economia.
Fonte: Ministério da Infraestrutura
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