Intermodal Xperience debate a sustentabilidade no transporte de cargas multimodal

Marcelo Saraiva, presidente da Brado Logística, e Eduardo Araújo, diretor de logística da Fedex, debateram o tema “Sustentabilidade no Transporte de Carga Multimodal”, durante o terceiro dia da Intermodal Xperience, que aconteceu hoje. O debate foi mediado pelo presidente da ABRALOG, Pedro Moreira.

Durante o painel foi abordada a importância das práticas e ações sustentáveis e sociais para o desenvolvimento e crescimento da logística no país. Eduardo Araújo e Marcelo Saraiva destacaram as ações sociais e de sustentabilidade que suas empresas, Fedex e Brado Logística, vêm desenvolvendo. De acordo com eles “investir em sustentabilidade é o melhor para o futuro”.

Segundo Eduardo, se considerar que a matriz de transporte no Brasil é predominantemente rodoviária e que isso tem um impacto ambiental altíssimo, é imprescindível que as empresas tenham iniciativa para reverter esse impacto. “Na Fedex sabemos que a sustentabilidade é um investimento num futuro melhor para todos, é um investimento que continuará a impulsionar o sucesso da empresa, a cadeia de suprimento dos clientes. Não pensando no ponto de vista financeiro, mas pensando no que é melhor, e é dessa maneira que a gente trabalha aqui”, afirmou.

Marcelo destacou que a Brado tem na questão da sustentabilidade o futuro da companhia, está muito focada nisso. A empresa é um operador logístico focado na ferrovia que por si emite 7 vezes menos de CO na atmosfera do que o caminhão. “Quando a gente fala de exportação, a gente anda 1,6 mil quilômetros de ferrovia e no mercado interno 1,4 mil quilômetros de ferrovia. Claro que o caminhão é muito importante nas pontas, mas a Brado já faz um trabalho com os caminhões, já tem caminhões a gás”, destacou.

Tanto Marcelo quanto Eduardo destacaram as ações das suas companhias para serem cada vez mais sustentável. A Fedex, por exemplo, tem o plano de zerar o efeito carbono até 2040, investindo US$ 2 bi de dólares em três grandes frentes: veículos elétricos, energia sustentável e sequestro de carbono. Até 2030 50% da frota atingindo até 2040 os 100%. Já a Brado destacou o uso do vagão double stack, que começou a ser implantado em 2017 e foi efetivado em 2019 e aumentou em 40% a capacidade de carga dos trens no Brasil, com a mesma quantidade de locomotivas. Além disso, as locomotivas são mais econômicas e menos poluidoras. A empresa também possui estações de tratamento e captação de água nos terminais.

Vetores para equilibrar a multimodalidade

Para Marcelo, a multimodalidade é uma realidade, mais rápida, barata e sustentável, mas o mercado tem que querer. “É muito mais fácil fazer todo o transporte, de ponta a ponta num caminhão. A multimodalidade traz o cliente para fora da caixa. Os clientes estão começando a repensar, a querer a multimodalidade”, observou. Ele citou que, em agosto, 35% do volume da Brado foi destinada ao mercado interno. “Está havendo uma mudança. A Brado mesmo iniciou recentemente o transporte de ovos por contêineres, de Mato Grosso para Campinas. Está havendo uma mudança de comportamento e nós podemos fazer a multimodalidade, basta o cliente querer”, ressaltou.

Eduardo afirmou que é preciso haver investimentos em infraestrutura para garantir o sucesso da multimodalidade. “Tem que estrutura e confiança do cliente de que seu produto chegará ao destino final”, declarou.

Fonte: Assessoria de Imprensa Greenbrier Maxion

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