Inda estima alta de até 5% nas vendas de aço

Em 2021, os distribuidores venderam 3,59 milhões de toneladas de produtos siderúrgicos no país

Valor Econômico – O setor siderúrgico brasileiro deve apresentar novamente bom desempenho em 2022, mas não robustos como o do ano passado. As vendas aço pelos distribuidores de produtos planos – material para automotivo, linha branca e máquinas e equipamentos – devem retomar aos níveis pré-pandemia, disse o presidente executivo do Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço (Inda), Carlos Loureiro. Segundo ele, a previsão é de alta entre 3% e 5%.

“Há setores bastante firmes e que demandam muito aço como o de energia eólica e solar, máquinas agrícolas e construção civil. Isso tudo vai sustentar as vendas neste ano”, disse Loureiro.

Em 2021, as vendas da rede somaram 3,59 milhões de toneladas, ligeira retração de 0,7% no comparativo com 2020. Conforme dados do Inda de dezembro, divulgados ontem, no mês ocorreu queda de 9,2% ante um ano atrás. Retrato da desaceleração dos últimos meses do ano e pleno abastecimento do mercado, incluindo importações.

As compras pela rede, segundo o Inda, somaram 3,72 milhões de toneladas, uma alta de 7,6% em relação a 2020. Em dezembro foram adquiridas 248,6 mil toneladas, o que representou queda de 25,4%.

As distribuidoras encerraram o ano com estoque de 814,2 mil toneladas, ante 675,7 mil toneladas no final de 2020. “Conseguimos refazer o estoque e manter um nível bom. Um giro de três meses é ideal. Os distribuidores terão que aprender a trabalhar com um estoque mais justo”, disse Loureiro.

As importações de aços planos, nas estatísticas do Inda (que não inclui alguns tipos de produtos registrados pelo Aço Brasil) somaram 2,02 milhões de toneladas, alta de 117,8%. Em 2010, entraram 3,7 milhões de toneladas.

Globalmente, na produção de aço bruto, com números divulgados ontem pela associação mundial do setor, a Worldsteel, o volume fabricado cresceu 3,7%, alcançando 1,95 bilhão de toneladas. Esse volume teria sido bem maior se a China – maior produtor mundial, com 52% do total – não tivesse desacelerado a partir de meados do ano por restrições do governo a emissões de carbono e impacto inflacionário na economia do país.

A siderurgia chinesa fez 3% a menos no ano passado, somando 1,03 bilhão de toneladas, segundo a Worldsteel, que reúne 64 países.

A China ainda lidera, com larga distância, o ranking dos maiores produtores mundiais. A Índia, que figura em segundo lugar, produziu 118,1 milhões toneladas, alta de 17,8%, seguida pelo Japão com 96,3 milhões, aumento de 15,8%, e por Estados Unidos, com 86 milhões de toneladas (mais 18,3%). O Brasil ficou na 9ª posição, com uma produção de aço bruto de 36 milhões de toneladas (+14,7%).

Em dezembro, a produção siderúrgica global atingiu 158,7 milhões de toneladas, recuo de 3% em relação ao mesmo mês de 2020. A China já mostrou sinais de reativação de fornos – fez 86,2 milhões de toneladas, com um recuo de 6,8%. Em alguns meses do semestre chegou a cair mais de 20%.

Foto: Aço Brasil

Fonte: Valor Econômico (https://valor.globo.com/empresas/noticia/2022/01/26/inda-estima-alta-de-ate-5-nas-vendas-de-aco.ghtml)

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