A indústria de materiais ferroviários promete descarregar cerca de 4 mil vagões de carga por ano no Brasil, até 2020, segundo a Associação Brasileira da Indústria Ferroviária (Abifer). A Amsted-Maxion, subsidiária do Grupo Iochpe-Maxion, espera crescimento em linha com o registrado neste ano, considerado excelente. Segundo o presidente da Abifer, Vicente Abate, 2011 foi o segundo melhor ano da história da entidade, e o pacote de infraestrutura do governo deve alavancar ainda mais o setor.rn
rnAté 2020, estamos prevendo a construção de mais 12 mil quilômetros de malha ferroviária no segmento de carga”, afirma. Neste ano, houve crescimento de 78% da produção de vagões em relação a 2010, totalizando 5,7 mil unidades.rn
rnA Amsted-Maxion produziu 3,58 mil vagões de carga neste ano, sem contar os 1,2 mil remanufaturados, o que representa alta de cerca de 41% em relação a 2010. ”O ano de 2011 foi muito bom para nós”, afirmou ao DCI o presidente da empresa, Ricardo Chuahy. O otimismo é facilmente comprovado pelas recentes declarações de dirigentes do grupo os quais afirmaram que os bons frutos da companhia no acumulado do ano foram puxados principalmente pela divisão de vagões da empresa.rn
rnSegundo Chuahy, o crescimento da Maxion se deve principalmente à demanda das mineradoras, que concretizaram investimentos importantes neste ano. É o caso da Vale, que comprou da companhia 2,18 mil vagões, em 2011, para a expansão do seu projeto ferroviário em Carajás (PA).rn
rnChuahy destaca que não é só nas minas que os negócios andam bem. A fatia das mineradoras, no entanto, continua sendo a maior entre os clientes da Maxion, ocupando 75% das entregas. O mercado de agronegócios responde por 12% dos pedidos, e o de produtos diversos (como cimento, por exemplo), por 13%. Chuahy ressalta que o setor agrícola aumentou sua participação na carteira de pedidos da empresa em 208% nos últimos cinco anos. ”Os clientes estão percebendo que as perdas são menores no transporte ferroviário”, acrescenta o executivo.rn
rnQuanto a 2012, o presidente da Amsted-Maxion afirma que o período deve ser de cautela. ”Uma crise internacional sempre causa impactos na empresa”, diz. Ele, porém, acredita que a demanda por vagões deve continuar em linha com o projetado pela Abifer. Chuahy diz que os investimentos em modernização na planta de Hortolândia, interior de São Paulo, também devem ser mantidos no ano de 2012. rn
rnJá a Randon, entretanto, teme que haja ociosidade da indústria no ano que vem por conta de redução de investimentos. ”Estamos até esperando uma certa ociosidade no mercado”, afirmou ao DCI o diretor responsável pelo negócio ferroviário da Randon, Celso Santa Catarina.rn
rnO executivo destaca que o setor tem muito espaço para crescer, mas isso depende dos investimentos em infraestrutura no Brasil. ”Existem muitas promessas, mas a velocidade das obras no País precisa ser maior”, explica o diretor da Randon.rn
rnA produção de vagões de carga da companhia – entre novos e remanufaturados – deve ultrapassar 5 mil unidades em 2011, crescimento de cerca de 25% em relação a 2010. ”A economia esteve bem aquecida nos últimos dois anos”, diz. No entanto, o executivo prevê que, em 2012, deve haver uma queda significativa da demanda da empresa, que pode ficar abaixo das 4 mil unidadesrn
rn”Se a economia retroceder, os números podem ser ainda piores”, prevê o diretor da Randon. Ele explica que o setor ferroviário é fortemente ligado à exportação de commodities, que registrou queda de preços e de demanda em 2011 e pode apresentar desaceleração em 2012. Mas, como a Randon atua também no setor de implementos rodoviários – que inclui reboques e semirreboques -, as duas divisões da empresa mantêm a saúde financeira da companhia. ”Quando o braço de vagões vai mal, nos concentramos no de implementos, e vice-versa”, diz o diretor da Randon.rn
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rnRecentemente, o braço de fundição da Usiminas anunciou R$ 50 milhões em investimentos com a finalidad”
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