O protesto dos caminhoneiros, que parou o país na semana passada, fez alavancar a utilização de um velho conhecido do brasileiro. O transporte ferroviário de cargas subiu de 470 para 750 viagens do porto de Santos à Região de Jundiaí – o que representa um aumento de pouco mais de 50%.
“Quem fez o transporte de cargas pela linha férrea não sentiu os efeitos da paralisação, pois os produtos chegaram no terminal de Jundiaí dentro do período previsto”, afirma o gerente comercial da Contrail, operador multimodal de contêiner, Diego Bueno.
O operador funciona da seguinte maneira: o trajeto do porto de Santos à Região é feito de trem e, do terminal na cidade aos clientes é feito por rodovia. “Na questão rodoviária também sofremos um pouco, mas por já termos as cargas mais perto do cliente, ao fim do protesto resolvemos os problemas rapidamente”, conta Bueno, frisando ainda que o transporte de trem é 10% mais barato em comparação ao rodoviário.
O gerente revela também que, mesmo com o fim da crise, a procura ainda continua alta. “A ferrovia precisa fazer parte da estratégia logística do cliente. Não podemos depender apenas de um meio de transporte e esse protesto mostrou isso”, argumenta o gerente, que ainda ressaltou a segurança no transporte de trem. A diretora de compras e logísticas de uma empresa de embalagens plásticas, Sonia Pedroni, usa o translado da linha férrea para transportar seus produtos há dois meses. Segundo ela, 70% dos transportes de carga são feitos por trem. “Essa opção foi excelente para o período que o Brasil passou. Entendemos o movimento dos caminhoneiros, mas temos que ter alternativas para lidar com esses momentos”, diz.
Fonte: Jornal de Jundiaí
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