Diário de Pernambuco – Um trecho de 9,7 quilômetros entre o entroncamento da BR-101 com a Rota do Atlântico e a porção leste da Ilha de Tatuoca, em Suape, será alvo de estudos para adequação e atualização do projeto do acesso ferroviário da futura Transertaneja. O ramal viabilizará a instalação de um terminal de minério na Ilha de Cocaia, para escoamento da produção de jazidas localizadas em Curral Novo, no Piauí, a 703 quilômetros do porto. O empreendimento está previsto no Plano Diretor 2011 da estatal.
O consórcio formado pelas empresas TPF Engenharia e B & C Engenheiros Consultores Ltda foi o vencedor da licitação e a ordem de serviço para o início dos trabalhos será assinada, nos próximos dias, pelo diretor de Engenharia da estatal portuária, Cláudio Valença, e pelos representantes das corporações. O prazo de execução do contrato é de 300 dias. O investimento neste projeto executivo é de R$ 5.270.000,00.
“É um passo muito importante de preparação da infraestrutura do porto para a chegada deste grande projeto ferroviário, que terá impactos positivos não só para Suape, mas para toda a cadeia produtiva de Pernambuco e dos Estados vizinhos. Há uma infinidade de novas possibilidades de negócios para diversas cargas, como grãos e veículos, por exemplo ”, enfatizou o diretor-presidente de Suape, Roberto Gusmão.
A Ferrovia Transertaneja é uma alternativa à Transnordestina, iniciada em 2006 e que permanece inacabada por causa de sucessivos atrasos na obra, a cargo da TLSA, empresa responsável pela concessão do serviço. A autorização para construção do novo ramal foi assinada pelo então ministro da Infraestrutura (Minfra), Tarcísio de Freitas, em dezembro de 2021. A obra será tocada pela iniciativa privada e tem custo estimado de R$ 5,7 bilhões. A retirada da ilha dos limites do porto de Suape, para instalação do terminal, foi publicada no Diário Oficial da União em 28 de abril deste ano.
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