Visando ampliar a participação no mercado de carga geral, que hoje representa cerca de 30% de tudo o que é transportado pela companhia, a MRS Logística, com sede em Juiz de Fora (Zona da Mata), tem investido fortemente em terminais multimodais na região Sudeste. O último deles, o Terminal Etcons II, em Caçapava, interior de São Paulo, bateu a marca de 7 mil toneladas transportadas somente no primeiro mês de operação.
De acordo com o gerente de Logística e Soluções Intermodais da MRS, Magela Titoneli, essa é só mais uma das estratégias que a concessionária tem adotado, nos últimos anos, como forma de equalizar seus mercados de atuação. Além dos investimentos em terminais, a empresa tem aportado também na expansão da malha ferroviária e em locomotivas.
“Esta é uma diretriz que vem sendo adotada pela MRS nos últimos anos. A cada exercício, os planos diretores e projetos contemplam a ampliação do share de carga geral, visando ao aumento do transporte desse tipo de produto sem, necessariamente, diminuir volume de cargas heavy haul (minério de ferro, carvão e coque)”, explicou.
Catálogo da Indústria Marítima
Seguindo Titoneli, além do Etcons II, inaugurado mais recentemente, a companhia segue investindo em outros terminais multimodais e, até o fim do ano, deverá iniciar as operações em outros três.
“A interseção com esse tipo de operação visa ampliar nossas possibilidades de negócios, com prospecção de clientes e produtos que até então não estavam no nosso portfólio. A intenção é justamente quebrar barreiras de que determinadas cargas não servem para ferrovias. Com os terminais multimodais isso é possível”, disse.
Para isso, conforme o gerente, a empresa procura ouvir os clientes para entender a demanda, assim como atua junto aos parceiros logísticos, em cada região, a fim de apresentá-los as expectativas de ganhos de volume com a oferta de diferenciais. “Com esse terminal de Caçapava, por exemplo, abrimos uma nova opção para produtos siderúrgicos no Vale do Paraíba, região em que temos demanda crescente”, completou.
Etcons II – Ele destacou também que o novo terminal vai possibilitar o envio e o recebimento de cargas de clientes de Minas Gerais e do Rio de Janeiro. As 7 mil toneladas transportadas no mês passado, inclusive, foram de material siderúrgico de uma empresa mineira. Ao todo, foram 20 trens. Do terminal, a carga seguiu para os clientes pela rodovia.
Com 5 mil metros quadrados de área coberta, um pórtico com capacidade para 20 toneladas – já em operação – e outro para 30 toneladas – com previsão de ativação para dezembro deste ano –, o terminal consegue absorver, de uma única vez, 13 vagões em seu ramal.
Mas o grande diferencial do terminal está na área coberta, que possibilita o transporte de cargas que precisam de condições especiais, como os produtos siderúrgicos que não podem ter contato com chuvas ou intempéries, como alguns tipos de laminados a quente, aços longos e, principalmente, os laminados a frio. O atendimento a pré-requisitos como esses representa uma oportunidade de transporte de mais de 200 mil toneladas de produtos siderúrgicos por ano.
Fonte: Diário do Comércio
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