A Valor da Logística Integrada (VLI) e a LD Celulose – joint venture formada entre a Duratex e o grupo austríaco Lenzing – estão prestes a firmar acordo para o transporte de celulose solúvel a partir da fábrica que será instalada entre os municípios de Araguari e Indianópolis, no Triângulo Mineiro, até o Espírito Santo. A expectativa das empresas é de que o contrato de longo prazo seja assinado ainda no primeiro semestre de 2020. A previsão é de que a fábrica fique pronta em 2022.
De acordo com o gerente-geral comercial Industrializados da VLI, Diego Zanella, um memorando assinado no fim do ano passado prevê a movimentação de cargas pela ferrovia administrada pela VLI daquela que será uma das maiores linhas industriais de celulose solúvel do mundo.
Cada composição formada por três locomotivas e 68 vagões (1.300 metros de extensão) poderá transportar cerca de 4,5 mil toneladas da unidade até o Porto de Barra do Riacho (ES), o equivalente ao volume movimentado por cerca de 100 caminhões. Ele destacou que a localização será um ponto estratégico do negócio, que contará com conexões ferroviária – por meio da Ferrovia Centro Atlântica (FCA), concessionária controlada pela VLI – e rodoviária com portos do Espírito Santo e São Paulo.
“Trabalhamos em conjunto com a LD Celulose no desenvolvimento da solução logística por dez meses. Fizemos a conceituação, a idealização, o desenvolvimento e o detalhamento de mais este projeto, a partir do nosso propósito maior de transformar a logística no Brasil e entregar valores aos nossos clientes”, definiu.
Questionado sobre valores do contrato, o gerente informou que o projeto está na fase de aprovações nas associações de governança das companhias e que ainda não é possível detalhar nenhuma informação. Por outro lado, Zanella revelou que se tratará de uma transação bastante significativa e com grande relevância para a VLI. “Uma vez celebrado o documento, será possível dar mais detalhes”, completou.
Além disso, o executivo contou que há outros projetos do tipo em negociação dentro da companhia e que ainda em 2020 novas parcerias deverão ser celebradas. No entanto, por questões estratégicas, ele não revelou nomes nem os setores de atuação dos possíveis parceiros.
LD Celulose – Conforme já publicado pelo DIÁRIO DO COMÉRCIO, com aportes de US$ 1,2 bilhão, a unidade industrial a ser implementada em Minas pela LD Celulose terá capacidade de fabricar 500 mil toneladas de celulose solúvel por ano.
Durante a construção da fábrica, haverá um pico de 6,5 mil contratações. Já na fase de operação, serão gerados 1.040 empregos diretos. O processo prevê ainda a produção de 77 Megawatts médios de energia elétrica renovável, por meio da biomassa de madeira.
Matéria-prima para a indústria têxtil, a celulose solúvel produzida pela unidade da LD Celulose em Minas será totalmente destinada à exportação e vendida para a Lenzing para suprir suas operações principalmente na Ásia. A reportagem não conseguiu contato com a LD Celulose para comentar o negócio com a VLI.
Fonte: Diário do Comércio
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