Ferrovias brasileiras têm saldo positivo em 2018

As empresas Rumo Logística e MRS Logística apresentaram bons resultados financeiros em 2018 nas ferrovias brasileiras, em parte graças aos recentes investimentos em suas respectivas malhas e melhorias na operação.

 

Considerada a maior operadora ferroviária brasileira, a Rumo Logística reverteu seu prejuízo e registrou lucro líquido de R$ 228,6 milhões no terceiro trimestre de 2018, uma alta de 194,2% na base atual.

 

No acumulado dos nove primeiros meses do ano, o resultado positivo da Rumo foi de R$ 136 milhões, revertendo prejuízo de R$ 201,1 milhões no mesmo intervalo de 2017.

Muita carga para transportar

 

Oriunda de uma fusão entre a América Latina Logística (ALL) e Cosan, a Rumo Logística conseguiu, pela primeira vez, um saldo positivo na balança desde a sua fusão, ocorrida em 2015.

 

“Tudo indica que vamos caminhar para um bom ano. Tem bastante safra para transportar”, disse o presidente da companhia, Julio Fontana Neto.

 

A receita líquida da Rumo avançou 13,8% no trimestre, para R$ 1,87 bilhão. O Ebitda cresceu 18,9%, para R$ 952,6 milhões, com margem de 50,7%, avanço de 2,2 pontos percentuais.

 

As principais commodities transportadas pela Rumo são açúcar, etanol, soja e farelo de soja, estes provenientes de Rondonópolis, no Mato Grosso.

 

A empresa detém quatro concessões localizadas no sudeste e sul do Brasil: Malha Norte, Malha Oeste, Malha Paulista e Malha Sul, totalizando mais de 20 mil km de vias férreas.

MRS Logística registra lucro de R$ 377,1 milhões

 

A MRS Logística é uma operadora que gerencia uma malha de 1.643 km entre os estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.

 

Apesar de pequena, é uma empresa que vem acumulando recordes de operação, e foi englobada na categoria Class I (denominação norte-americana para as ferrovias que apresentam elevados níveis de transporte).

 

A MRS fechou o período entre janeiro e setembro deste ano com lucros de R$ 377,1 milhões, uma alta de 2,9% comparada ao mesmo período de 2017.

 

A receita líquida do 3T foi de R$ 1,001 bilhão contra R$ 896,5 milhões, no mesmo intervalo de 2017.

 

Na comparação do faturamento dos noves primeiros meses deste ano (R$ 2,733 bilhões) com o do mesmo intervalo do exercício passado (R$ 2,588 bilhões), a alta foi de 5,6%.

 

O Ebitda entre janeiro e setembro chegou a R$ 1,147 bilhão, 1,5% maior que no mesmo intervalo do ano passado (R$ 1,130 bilhão). A margem Ebitda para os nove meses deste ano ficou em 42%.

 

Agronegócio em alta

 

A MRS Logística transportou basicamente minério de ferro, carvão e coque, que correspondem a 68% de toda a carga transportada.

 

As cargas gerais, como produtos agrícolas, siderúrgicos, cimento, areia, outros insumos para a construção e contêineres, representaram 32% de tudo que a MRS transportou até setembro.

 

Estes produtos apresentaram uma alta de 9,7% comparado com o mesmo período de 2017, sendo os insumos agrícolas os mais transportados (67,7%), seguidos pelos produtos siderúrgicos (3,8%).

 

Fonte: Revista Infraestrutura

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