O governo de São Paulo planeja reduzir o transporte de cargas em rodovias em dois terços e aumentar o uso das ferrovias e hidrovias.rnrnrnEstá em estudo na Secretaria Estadual de Transportes a implantação de plataformas logísticas, projeto que envolve terminais intermodais de transferência de carga de caminhões para trens, de forma a possibilitar uma nova logística de coleta e distribuição produtos. rnrnrnÉ o que afirmou o secretário estadual de Transportes, Mauro Arce, em entrevista exclusiva ao Correio. Ele descartou a abertura de novas estradas e afirmou que a alternativa é a expansão da capacidade da atual malha rodoviária e o incremento das ferrovias e hidrovias. Hoje, 93% das cargas são movimentadas por rodovias. rnrnrn“Até 2020 queremos reduzir o transporte nas vias rodoviárias em dois terços e aumentar o uso das ferrovias e hidrovias”, disse Arce. rnrnrnSegundo ele, metade das viagens de carga tem origem ou destino na macrometrópole, formada pelas regiões de São Paulo, Sorocaba, Campinas, Santos e São José dos Campos. “Em pouco tempo teremos a junção das regiões de São Paulo e Campinas e as rodovias serão transformadas em avenidas. Por isso, temos que fazer a mutação do rodoviarismo, incentivando outros modais, se não quisermos viver o caos”, afirmou. rnrnrnAs plataformas logísticas, segundo o estudo, devem ser implantadas em Campinas, São José do Rio Preto, Ribeirão Preto, Bauru, São José dos Campos e mais quatro na Região Metropolitana de São Paulo. rnrnrnEmbora 93% do volume de cargas transportados ocorram por rodovia, levantamentos da secretaria mostram que 46% dos caminhões rodam vazios no Estado. Eles levam a carga ao destino, mas retornam às suas bases descarregados. rnrnrnO Estado de São Paulo tem um total de 35 mil quilômetros de estradas pavimentadas (22 mil quilômetros estaduais, 1.050 federais e quase 12 mil de vicinais). Do total de vias sob a responsabilidade do governo (34 mil quilômetros), 5,6 mil quilômetros (16%) estão sob a responsabilidade das concessionárias, segundo a secretaria. Existem ainda 5,1 mil quilômetros de ferrovias, 2,8 mil quilômetros de dutos, 2,4 mil quilômetros de hidrovia, 36 aeroportos e dois portos. rnrnrnO Estado, no entanto, tem ferrovias do século 19, os portos estão defasados em infraestrutura, falta conexão entre os eixos rodoviários e entre os ferroviários. rnrnrnIntermodalidade – Para resolver gargalos no transporte, a intermodalidade é a opção adotada no Plano Diretor de Desenvolvimento de Transportes (PDDT). O governo quer induzir o investimento privado no projeto e, para isso, viabilizaria isenções fiscais, licenças ambientais e acessos rodoviários às plataformas. rnrnrnChamadas de Centros Logísticos Integrados (CLI), as unidades agruparão uma série de funções de transporte, logística, suporte operacional, processamento industrial, entre outros. Esse complexo de transporte, segundo Arce, irá facilitar as transferências caminhão-trem, efetuar despachos alfandegários, realizar o enchimento e desova de contêineres, racionalizar a coleta e distribuição de cargas com caminhões menores trafegando a distâncias também menores. As plataformas deverão oferecer espaços de estocagem rápida para otimização de funções de concentração e distribuição para empresas industriais, inclusive veiculação de encomendas e correio. rnrnrnO projeto está em fase de elaboração de propostas. O governo trabalha com duas plataforma logística iniciais, uma em São José dos Campos e outra em Cotia, encarregadas de receber os fluxos ferroviários que viriam do Sul. As cargas desembarcariam nesses centros e seriam transferidas para São Paulo. rnrnrnGoverno investiu R$ 23 bi em pistas – Secretário afirma que áreas com maior problema de SP receberão recursos. O governo do Estado investiu, nos últimos três anos, cerca de R$ 23 bilhões nas estradas paulistas, mas ainda há muito a ser feito, segundo o secretário de Transportes, Mauro Arce. A série de reportagens Radiografia das Rodovias, publicada na última sema
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