A diretoria do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou nesta terça-feira a nova política operacional da instituição, antecipou ao Valor o presidente do banco, Paulo Rabello de Castro.
A política operacional dá as diretrizes para o funcionamento das linhas de crédito da instituição em termos de prazos e de custos, além de indicar as prioridades do BNDES no apoio aos diferentes setores da economia.
De acordo com o presidente do banco, concessões de infraestrutura, como o setor de ferrovias, por exemplo, terão prazo de financiamento de até 34 anos para pagamento.
Nas principais linhas de financiamento, a instituição reduziu o “spread” médio de 1,7% ao ano para 1,3% ao ano – já incluindo a taxa de intermediação financeira de 0,4% ao ano. Segundo Rabello de Castro, os “spreads” cobrados pelo BNDES passam a ter faixas que vão de um mínimo de 0,9% ao ano para setores incentivados, entre os quais energia solar, segurança pública e saneamento, até um máximo de 2,1% ao ano.
Em entrevista a jornalistas, Rabello de Castro afirmou que a redução dos spreads pode motivar uma queda das taxas das instituições que repassam recursos do BNDES como intermediadores. Ele ponderou, no entanto, que o banco não tabela taxas de agentes financeiros parceiros. Um movimento de redução de spreads dos nossos intermediadores vai depender da queda de braço entre eles no âmbito concorrencial, disse.
Não fazia sentido haver uma taxa de spread única para todos os setores. Esperamos estimular a economia, mas não dá para precisar o impacto no PIB, acrescentou o executivo.
Ele disse ainda que o banco não reduziu os spreads em função de esperada perda de espaço da instituição no financiamento a investimentos no país causada pela adoção da TLP no lugar da TJLP. Isso ainda está no campo da suposição.
Fonte: Valor Econômico
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