A mudança do sistema rodoviário para o ferroviário no Brasil foi defendida nesta quinta-feira (29) durante o ciclo de palestras da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE), ligada à Presidência da República. A substituição tornaria o transporte brasileiro mais sustentável ambientalmente, além de mais barato e viável do ponto de vista energético.rn
rnAtualmente o Brasil possui 5 mil quilômetros de extensão ferroviária. De acordo com o ministro do Transporte, Paulo Sérgio Passos, o desafio seria ampliar essa área para aproximadamente 12 mil quilômetros. Assim, seria possível transportar mais cargas com fretes menores gastando menos energia. Para o ministro, a mudança da modalidade de transporte no Brasil também resultará em um grande impacto positivo na produção agrícola. “Isso abre uma perspectiva para alargar a base de competitividade da estrutura produtiva brasileira”, ressaltou o ministro.rn
rnSegundo Passos, a implementação do transporte ferroviário será a solução para o problema de escoamento da produção. Para isso, o ministro disse que o sistema de alta capacidade é extremamente necessário. O projeto de ampliação das ferrovias brasileiras está sendo viabilizado por meio de um projeto de Lei.rn
rnDurante a apresentação, direcionada aos técnicos da SAE e do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o ministro afirmou que entre as diretrizes desenvolvidas para a implementação da malha ferroviária estão a extensão e o aumento de capacidade, desenvolvimento de estudos e implantação de trens de alta capacidade, criação de um novo modelo para as concessões ferroviárias e formulação de ações regulatórias para o aprimoramento do modelo existente.rn
rnO transporte por meio de rodovias no Brasil representa hoje, segundo dados do Ministério dos Transportes, um total de 60% em relação às demais modalidades. Países como Rússia, China, Estados Unidos e Canadá, priorizam sistemas de transporte alternativos, como o ferroviário e o hidroviário.rn
rnEntre as principais deficiências do sistema rodoviário, Passos citou os investimentos que são incompatíveis com as necessidades do país, padrões deficientes de planejamento, coordenação e gestão, infraestrutura rodoviária degradada e capacidade instalada inadequada em relação às exigências para o desenvolvimento do país.rnrn rnrn rn
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