Revista O Empreiteiro – O novo modelo de desestatização da Ferrovia Interna do Porto de Santos (Fips) foi aprovado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) nesta quarta-feira, dia 06. O modelo de concessão foi enviado no início do ano pela Santos Port Authority (SPA), que administra o porto, e, agora com este aval, deverá lançar no terceiro trimestre o chamamento público para que interessados se habilitem em constituir a Fips.
A companhia anunciou que trabalha para assinar o contrato ainda neste ano, de forma que as obras comecem em 2023, estimadas em cerca de R$ 891 milhões. Com a Fips, a SPA poderá expandir a capacidade da ferrovia dentro do porto, já próxima da saturação. Hoje, a capacidade ferroviária anual no complexo portuário está limitada a 50 milhões de toneladas frente a uma projeção de 115 milhões de toneladas para os próximos 5 a 10 anos, somando o movimento das ferrovias que deságuam no complexo (MRS, Rumo e VLI).
Segundo a SPA, este novo modelo será um contrato associativo inédito, em que os habilitados compartilharão gestão, custos e operações. De acordo com a entidade, a Fips demandará investimentos estimados em R$ 891 milhões a serem feitos nos primeiros cinco anos. Os investimentos previstos separarão os cruzamentos rodoferroviários e darão fluidez ao escoamento por trens, ampliando a eficiência da operação.
Uma das principais obras é a construção da “pera” ferroviária na região de Outeirinhos. O “carrossel” de trilhos será o primeiro da margem direita do porto e permitirá que os trens que transportam os grãos para os terminais de exportação retornem para capturar granéis sólidos descarregados no cluster de fertilizantes. Para a SPA, atualmente, a operação de frete de retorno é ruim porque, sem a pera, os trens têm de fazer manobras que demoram horas e drenam eficiência do sistema, tornando-o anticompetitivo.
Fonte: Revista O Empreiteiro (https://revistaoe.com.br/tcu-aprova-concessao-da-ferrovia-interna-do-porto-de-santos/)
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