Tema polêmico no setor ferroviário, o transporte de mercadorias de uma concessionária pela malha de concorrentes corresponde a 8% do total de cargas transportado pelo modal ferroviário no país em 2016. É o que mostram os dados do Anuário do Setor Ferroviário, elaborado pela ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres). rn
rnDe acordo com as informações da agência, dos 341,2 bilhões de TKU (tonelada/quilômetro útil) que as ferrovias brasileiras movimentaram no ano passado, 27,7 bilhões foram transportados pelos trilhos de outras concessões. É o chamado tráfego mútuo ou direito de passagem, a depender de quem usa. rn
rnO tema é polêmico porque usuários reclamam em comissões do Congresso que as ferrovias não os atendem adequadamente e não abrem espaço para outras companhias usarem as linhas, constituindo um monopólio. Durante a tramitação da MP 752, uma emenda tentava garantir mínimo de 20% de direito de passagem e tráfego mútuo nas renovações de concessões ferroviárias. rn
rnQuase metade dos 8% de tráfego mútuo realizado em 2016 é de uma única empresa, a Malha Norte da Rumo. Essa ferrovia vem do Centro-Oeste e termina em São Paulo, onde se encontra com a Malha Paulista, também da Rumo. Para que os trens da Malha Norte cheguem ao Porto de Santos (SP), precisam passar pela Malha Paulista. Em 2016, foram 13,3 bilhões de TKU transportados pela Malha Norte em outras ferrovias. rn
rnA Ferrovia Norte-Sul utilizou 2,6 bilhões de TKU para acessar os terminais portuários do Maranhão por outras malhas. Essa quantidade usada em outra concessionária correspondeu a mais que metade de toda a produção em TKU da Norte-Sul no ano passado, 4,5 bilhões.rn
rnFonte: Agência Infra
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