O diretor geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Bernardo Figueiredo, disse nesta quarta-feira, 22, que acredita na possibilidade de inaugurar o trem de alta velocidade entre Rio-São Paulo-Campinas até as Olimpíadas de 2016. “Vamos começar as obras até o final do ano que vem e trabalhar para que ele esteja implantado para as Olimpíadas de 2016, como já disse o presidente Lula”, afirmou Figueiredo, durante o seminário “Projeto de trens de alta velocidade no Brasil”, na Innotrans, em Berlim. rn
rnA apresentação de Bernardo Figueiredo, diante de cerca de 150 empresários do setor, foi seguida por uma exposição do superintendente da ANTT, Hélio Mauro França, sobre os detalhes do projeto do trem de alta velocidade. O evento foi encerrado pela chefe do departamento de transportes e logística do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Adely Branquinho, com a palestra “Política de investimento do BNDES para o setor metro-ferroviário”. rn
rnBernardo Figueiredo garantiu aos empresários internacionais a continuidade do projeto, independentemente do governo que assumir o comando do país no próximo ano. “Temos responsabilidade. A agência (ANTT) é uma instituição que não é sujeita ao momento político de uma troca de governo”, garantiu. “Temos um edital em andamento, cronograma de realização do leilão e vamos cumprir tudo, qualquer que seja o encaminhamento político do Brasil”, completou. rn
rnSegundo Figueiredo, o projeto do trem de alta velocidade é necessário e vem corrigir o que ele chamou de “um equívoco” do passado, quando, segundo ele, os governos anteriores optaram por investir em obras rodoviárias e em novos aeroportos. “Temos que resolver problemas estruturais com soluções estruturais. O problema da ligação Rio-São Paulo é resolvido com investimentos em uma solução tecnológica”, afirmou. “Construir uma nova Dutra e outros aeroportos não é solução sustentável”, comentou. “Já o trem de alta velocidade é uma solução tecnológica sustentada a longo prazo, que promove a desconcentração urbana, permite que as pessoas se desloquem e tira a pressão dos centros urbanos. Temos convicção que ela é a melhor alternativa.” rn
rnO presidente da ANTT afirmou, ainda, que a região entre Rio e São Paulo é uma das áreas mundialmente mais indicadas para um projeto de tal envergadura. “Não há lugar no mundo que tenha as qualidades que a região tem, em termos de densidade populacional, dimensão e quanto às conexões de tráfego aéreo. Essa é uma solução que vai desviar o passageiro da infraestrutura aeroportuária”, ressaltou.rn
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