A Vale prepara um plano de investimentos de US$ 90 bilhões para os próximos cinco anos – cerca de 70% no Brasil. Apesar das novas e pesadas apostas em fertilizantes e siderurgia, metade desse dinheiro, cerca de US$ 40 bilhões, será aplicada em novos projetos de minério de ferro. O presidente da Vale, Roger Agnelli, não quis confirmar os números. Disse que eles não estão fechados, mas admitiu que podem ficar nesse patamar. E explicou porque o foco no minério de ferro neste momento é estratégico: “Precisamos investir em minério de forma rápida, porque as mineradoras da Austrália e da Índia estão se mexendo fortemente. Não queremos perder mercado para eles.”rn
rnMaior mineradora de ferro do mundo, a Vale planeja aumentar sua produção de 300 milhões para 450 milhões de toneladas por ano até 2014. O objetivo é manter distância das australianas BHP e Rio Tinto, que tentam se unir numa joint venture com potencial para produzir mais de 350 milhões de toneladas de minério de ferro por ano – acima, portanto, do que a Vale faz hoje.rn
rnEmbora a maior parte dos US$ 40 bilhões na área de minério de ferro venha a ser aplicada no Brasil, a Vale também tem planos no exterior. Foi o caso da compra do controle de uma mineradora na Guiné, anunciado no fim de abril, por US$ 2,5 bilhões. “A maior parte dos projetos já está decidida. Eles serão no Pará e em Minas Gerais e dependem da liberação de licenças ambientais”, afirmou Agnelli. São investimentos em minas de ferro e também em logística, como ferrovias e portos para transportar o produto.”rn
rnDe acordo com o presidente da Vale, os planos a princípio não incluem aquisições de novas minas. Segundo Agnelli, a febre pelo minério de ferro brasileiro atraiu o interesse de mineradoras da China, da Índia e do Canadá, que já compraram os melhores ativos disponíveis no País.rnrn”
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