ANTT aprova Plano de Outorga para construção da Ferrogrão

A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) aprovou o Plano de Outorga, acompanhado dos estudos técnicos, das minutas de edital e de contrato, que visam a concessão para a construção da ‘Ferrogrão’, projeto de ferrovia que irá ligar a cidade de Sinop (500 km de Cuiabá) ao porto de Miritituba, no Pará.

 

De acordo com a ANTT encaminhou, os documentos foram encaminhados para análise do Ministério da Infraestrutura (Minfra).

 

No mês de fevereiro deste ano, quando o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), acompanhado do ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, vieram a Mato Grosso para inaugurar a pavimentação de um trecho da Rodovia BR-163, o governador Mauro Mendes (DEM) cobrou um desfecho para a Ferogrão do Governo Federal.

 

A EF-170, também chamada de Ferrogrão, foi qualificada no Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) na 1ª Reunião do Conselho do PPI, por meio da Resolução nº 2, de 13/09/2016, convertida no Decreto 8.916, de 25/11/2016.

 

O projeto visa consolidar o novo corredor ferroviário de exportação do Brasil pelo Arco Norte. A ferrovia conta com uma extensão de 933 km, conectando a região produtora de grãos do Centro-Oeste ao Estado do Pará, desembocando no Porto de Miritituba. Estão previstos, também, o ramal de Santarenzinho, entre Itaituba e Santarenzinho, no município de Rurópolis/PA, com 32 km, e o ramal de Itapacurá, com 11 km.

 

Existe a previsão de estender a ferrovia entre Sinop e Lucas do Rio Verde, com 177 km de extensão e investimentos sujeitos ao reequilíbrio do contrato de concessão.

 

Quando finalizada, a Ferrogrão terá alta capacidade de transporte e competitividade no escoamento da produção pelo Arco Norte, papel esse que, hoje, é desempenhado pela rodovia BR-163. O corredor a ser consolidado pela EF-170 e a rodovia BR-163 consolidará uma nova rota para a exportação da soja e do milho no Brasil. O empreendimento aliviará as condições de tráfego nessa rodovia, com o objetivo de diminuir o fluxo de caminhões pesados e os custos com a conservação e a manutenção.

 

O projeto faz frente à expansão da fronteira agrícola brasileira e à demanda por uma infraestrutura integrada de transportes de carga.

 

O trecho cumprirá um papel estruturante para o escoamento da produção de milho, soja e farelo de soja do Estado do Mato Grosso, prevendo-se ainda o transporte de óleo de soja, fertilizantes, açúcar, etanol e derivados do petróleo.

 

Hoje, mais de 70% da safra matro-grossense é escoada pelos portos de Santos/SP e de Paranaguá/PR, a mais de dois mil quilômetros da origem. Esse cenário mostra a relevância do projeto dentro do sistema logístico de cargas do País, sendo um diferencial para a sua atratividade junto a potenciais investidores.

 

Fonte: Olhar Direto

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