Consumo aparente de aço sobe 24,5% em fevereiro, para 2,1 mi de toneladas

Presidente da Aço Brasil diz que atividade siderúrgica está a todo vapor e que não existe redução de oferta ou desabastecimento no mercado interno por parte das associadas

O consumo aparente de aço cresceu 24,5% em fevereiro, para 2,1 milhões de toneladas. No bimestre, foram consumidas 4,3 milhões de toneladas, uma alta de 24,7% no comparativo com o mesmo período de 2020. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira pelo Instituto Aço Brasil.

As vendas internas de produtos siderúrgicos também aumentaram no mês passado. As siderúrgicas comercializaram 1,9 milhão de toneladas, alta de 20,9% no comparativo com fevereiro de 2020. No acumulado do ano, o aumento nas vendas foi de 22,9%, para 3,8 milhões de toneladas.

De acordo com dados do Aço Brasil, a produção de aço bruto em fevereiro alcançou 2,8 milhões de toneladas, o que representou uma alta de 3,8% frente ao mesmo mês de 2020. No acumulado, foram produzidas 5,8 milhões de toneladas, um crescimento de 7,3% em relação ao bimestre do ano passado.

As exportações também cresceram em fevereiro tanto em volume quanto em valor. As vendas externas chegaram a 766 mil toneladas, o que gerou uma receita de US$ 522 milhões, altas de 2,1% e 35,5%, respectivamente.

No acumulado do ano, as exportações somaram US$ 836 milhões, uma queda de 8,5% no período. Em volume, foram embarcados 1,3 milhão de toneladas no bimestre, recuo de 30,2%.

Segundo o Aço Brasil, as importações em fevereiro chegaram a 334 mil toneladas e US$ 293 milhões, uma alta de 123,5% em quantidade e 81,2% em valor na comparação com o registrado em fevereiro de 2020.

Já em janeiro e fevereiro, foram importadas 658 mil toneladas, alta de 74,4% frente ao mesmo período do ano anterior. Em valor, as importações atingiram US$ 581 milhões e avançaram 48,9% no mesmo período de comparação.

Segundo o presidente executivo do Aço Brasil, Marco Polo de Mello Lopes, os números divulgados hoje mostram que a atividade siderúrgica está a todo vapor.

“Não existe, portanto, redução de oferta ou desabastecimento de produtos de aço no mercado interno por parte das usinas produtoras de aço, associadas ao Aço Brasil”, disse ele, em comunicado.

Mello Lopes ressaltou, ainda, que os eventuais e pontuais problemas podem estar relacionados à reposição de estoques de algumas empresas de setores consumidores. “Devido ao seu porte e escala adquirem produtos siderúrgicos na rede de distribuição.”

Quanto aos reajustes de preços, o dirigente acrescentou que a alta dos custos está relacionada ao boom de commodities no mercado mundial – na siderurgia, em especial o minério de ferro e o carvão, insumos básicos na produção.

“No caso da indústria do aço, a quase totalidade de insumos e matérias primas e, em especial, as essenciais como minério de ferro e sucata tiveram significativa elevação de preços, com forte impacto nos custos de produção. Este fenômeno não é exclusivo do Brasil, mas ocorre no mundo inteiro.”

Fonte: Valor Econômico (https://valor.globo.com/empresas/noticia/2021/03/17/consumo-aparente-de-aco-sobe-245percent-em-fevereiro-para-21-mi-de-toneladas.ghtml)

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