O Governo do Paraná informa que está analisando as propostas dos consórcios interessados em elaborar estudos para implantação e readequação da malha ferroviária da Ferroeste, ligando o Oeste do Estado ao Porto de Paranaguá. Os Estudos de Viabilidade Técnico-operacional, Econômico-financeira, Ambiental e Jurídica (EVTEA-J) devem compreender trechos de ferrovia entre Maracaju (MS), Guaíra, Cascavel, Guarapuava e Paranaguá, além do ramal Cascavel/Foz do Iguaçu, numa extensão total de mais de 1,3 mil quilômetros.
A sessão de abertura das propostas de elaboração do EVTEA-J aconteceu na sede do Departamento de Estradas de Rodagem (DER/PR), em Curitiba, na última passada. Os consórcios que disputam a licitação foram selecionados após chamamento público.
Ferrovias – Com orçamento inicialmente referenciado em cerca de R$ 20,8 milhões, os estudos têm o objetivo de compilar informações e definir parâmetros básicos de estruturação de um modelo técnico e operacional do transporte ferroviário no Estado.
Os estudos de viabilidade avaliarão as possibilidades de implantação de dois trechos: o primeiro é a ferrovia Paranaguá/Maracaju (MS), com extensão aproximada de 1.191 quilômetros, enquanto o segundo trata-se do ramal ferroviário Cascavel/Foz do Iguaçu, com extensão aproximada de 179 quilômetros.
Entre outras coisas, o EVTEA-J deve buscar alternativas para possibilitar a interoperabilidade entre os trechos e a malha existente; justificar a viabilidade econômico-financeira dos trechos que compõem o corredor Oeste se considerando a demanda de cargas de exportação e importação existente; permitir o transporte de cargas até o Porto de Paranaguá de forma rápida, segura, eficiente e economicamente atrativa, além de buscar o melhor traçado para a implantação do projeto, considerando o aproveitamento do trecho já em operação entre Cascavel e Guarapuava.
Os trechos a serem contemplados pelos estudos estão subdivididos em Maracaju (MS)/Dourados (MS) (106 km); Dourados (MS)/Guaíra (254 km); Guaíra/Cascavel/ Ibema (201 km); Ibema/Goioxim (136 km); Goioxim/Guarapuava (67 km); Guarapuava/Prudentópolis (74 km); Prudentópolis/Engenheiro Bley (158 km); Engenheiro Bley/São José dos Pinhais/Alto da Serra (75 km); Alto da Serra/Pé da Serra/Morretes (62 km); Morretes/Paranaguá (19 km); Paranaguá/Pontal do Paraná (39 km) e ramal Cascavel/Foz do Iguaçu (179 km).
Edital – A licitação acontece na modalidade de Seleção Baseada na Qualidade e Custo (SBQC), em que empresas pré-selecionadas foram convidadas a apresentar propostas técnicas e de preço. Todos os documentos e informações sobre esta licitação podem ser acompanhados na página Compras Paraná, informa o governo.
O consórcio será declarado vencedor de acordo com análise combinada de suas propostas técnicas e de preço. No caso das propostas técnicas são avaliados três critérios: experiência prévia; adequação da metodologia e plano de trabalho ao proposto no edital e qualificação dos profissionais participantes na elaboração do projeto. Nas propostas de preço o critério é o menor valor oferecido. O prazo previsto para execução dos estudos é de 12 meses, a partir da data de emissão da Ordem de Serviços.
A contratação do consórcio responsável por elaborar o EVTEA-J da Ferroeste faz parte do Programa Estratégico de Infraestrutura e Logística de Transportes do Paraná, que conta com financiamento do Banco Interamericano do Desenvolvimento (BID).
O acordo entre BID e Governo do Estado foi firmado em dezembro de 2017 e prevê o investimento de mais de R$ 940 milhões em obras e projetos de infraestrutura do Estado.
Fonte: Correio do Litoral
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