52º ASPEN – Logística: Mina- Ferrovia e Porto

O evento, que contou com a mediação de Rodrigo Villaça, diretor de Relações Institucionais da FGV Transportes, teve como palestrantes: Fabrício Freitas, CEO da Macro Desenvolvimento; Fernando Carvalho Neto, gerente de Planejamento Integrado e Cadeia de Valor da Vale S.A.; Paulo Salvador, diretor-executivo da Grão-Pará Maranhão (GPM).

O evento foi bem focado em portos. Os participantes falaram bastante sobre a capacidade de seus portos para a exportação dos produtos, em especial de minério de ferro e grãos. A ferrovia foi abordada como a opção mais rentável e sustentável para essa logística, principalmente por Fabrício Freitas e Paulo Salvador, representantes das empresas que solicitaram a autorização ferroviária para a EF317 e EF-352. O representante da Vale não falou sobre ferrovia, apenas sobre portos.

Paulo Salvador destacou o projeto do Terminal Portuário de Alcantara e da Ferrovia EF 317, que liga Alcantara a Açailândia, em construção pelo grupo Grão Pará Maranhão (GPM). Um dos maiores desafios do projeto, que teve início em 2016, são as questões burocráticas e de licenciamento ambiental. Portos, ferrovia e mineração, segundo ele, são três setores interdependentes e são vitais para a eficiência da cadeia de valor das commodities. Paulo observou que o projeto do porto foi assinado no final de 2018 e o da ferrovia no final de 2021, todo com investimento privado. A ferrovia terá 520km de bitola larga, com velocidade de 80km. O projeto, que é integrado Porto-Ferrovia, segundo ele, estão em fase de obtenção do Licenciamento integrado ambiental.

Fabrício Freitas falou sobre o Porto Central Masterplan e a ferrovia EF 352, que começou a ser preparado há algum tempo, em 2011, com previsão de iniciar as obras em 2023. As questões burocráticas de licenciamento são, segundo ele, um dos maiores desafios. O porto com 1,8 mil hectares e calado de 10 a 25 metros, iniciará com a única carga que têm hoje, que é o petróleo, mas ele acredita que, com a ferrovia, poderá atrair outras cargas, como minério, grãos, líquidos, combustíveis e contêineres. Segundo ele, a iniciativa da autorização ferroviária para construção da EF 352, que poderá ligar o sul do Espirito Santo ao Centro-Oeste surge como alavanca para ampliar as cargas do terminal portuário. “A Macro solicitou uma autorização ferroviária para fazermos o que sempre visualizamos, interligando a Minas Gerais acessando as áreas de minério de ferro e num segundo momento indo atrás do Agro, interligando com a Norte-Sul, para sermos uma alternativa de transporte”, observa. Toda a ferrovia será construída em bitola larga. Ele destacou que a empresa avançamos no desenvolvimento do traçado, na engenharia, e está iniciando a fase do licenciamento do projeto.

Fernando Carvalho, da Vale, falou especificamente do minério de ferro e da alta volatividade dos preços, além de como a empresa se adequou a essa volatividade. Falou muito sobre o Centro de Operações Integrado para a exportação. Não abordou as ferrovias. Destacou o valor da integração logística e a importância do aumento da capacidade logística para a competitividade do país.

Questionados sobre as perspectivas de material rodante, os participantes não falaram sobre o assunto. Fabrício destacou que irão precisar adquirir material rodante, mas ainda é muito cedo para falar sobre o assunto. Paulo destacou que a Grão Pará irá construir a ferrovia, mas que não irá operar. A operação será feita por outras empresas.

Fonte: Assessoria de Imprensa Greenbrier Maxion

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