Consumo de aço no mundo vai crescer 5,8% em 2021, projeta Worldsteel

Para o próximo ano, a estimativa é de expansão de 2,7%

Como tradicionalmente faz em abril e outubro de cada ano, a World Steel Association (Worldsteel) divulgou nesta quinta-feira em Bruxelas seu “Short Range Outlook” (SRO), relatório de projeções de consumo de aço, para 2021 e 2022.

O relatório prevê que a demanda mundial por aço crescerá 5,8% neste ano, atingindo 1,87 bilhão de toneladas, após uma queda de 0,2% em 2020. Para o próximo ano, a estimativa é de crescimento de 2,7% sobre o desempenho de 2021, alcançando 1,92 bilhão de toneladas.

Conforme o SRO da Worldsteel — que reúne 64 países, responsáveis por 85% da produção mundial —, a previsão atual assume que a segunda ou terceira ondas de infecções de covid-19 em curso se estabilizarão no segundo trimestre. E aponta que um progresso constante nas vacinações será feito, permitindo um retorno gradual à normalidade nos principais países consumidores de aço.

Sobre as perspectivas, Al Remeithi, presidente do comitê de economia da worldsteel, afirmou que “apesar do impacto desastroso da pandemia em vidas e meios de subsistência, a indústria siderúrgica global teve a sorte de terminar 2020 com apenas uma pequena contração na demanda por aço”. Isso, segundo ele, se deveu a uma recuperação surpreendentemente robusta na China, com crescimento de 9,1%. No restante do mundo, a demanda por aço contraiu 10%.

Ele destaca que nos próximos anos a demanda por aço se recuperará firmemente, tanto nas economias desenvolvidas quanto em desenvolvimento, apoiada pela demanda reprimida e pelos programas de recuperação dos governos. “No entanto, para a maioria das economias desenvolvidas, o retorno de demanda aos níveis anteriores à pandemia levará alguns anos”.

O executivo ressalta que “embora se espere que o pior da pandemia esteja passando, ainda há uma incerteza considerável para o resto de 2021”. Remeithi diz que a evolução do vírus e o progresso das vacinações, a retirada das políticas fiscais e monetárias de apoio, a geopolítica e as tensões comerciais podem afetar a recuperação prevista nesta previsão.

Força da China

O relatório avalia que a economia chinesa se beneficiou dos estímulos de programas do governo central e de fortes exportações, já que o resto do mundo foi afetado pela pandemia. Como resultado, após contrair 6,8% no primeiro trimestre de 2020, o país registrou crescimento anual de 2,3% no ano.

Segundo o SRO, o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) da China deve acelerar para 7,5% ou mais em 2021, seguido por um crescimento moderado de 5,5% em 2022.

O relatório aponta que a maioria dos setores consumidores de aço apresentará um crescimento moderado e a demanda de aço da China deverá crescer 3% em 2021.

Para 2022, a previsão é que o crescimento da demanda vai desacelerar para 1%, fruto da diminuição do efeito do estímulo de 2020 e porque o governo chinês concentra-se em um crescimento mais sustentável.

“A reação do governo à política comercial do novo governo dos Estados Unidos e à intensificação da pressão ambiental aumentam a incerteza”, observa.

A siderurgia chinesa representa 57% da produção mundial de aço e por 55% do consumo de produtos siderúrgicos finais. A previsão para este ano é de 1,02 bilhão de toneladas de consumo doméstico.

Fonte: Valor Econômico (https://valor.globo.com/empresas/noticia/2021/04/15/consumo-de-aco-no-mundo-vai-crescer-58percent-em-2021-projeta-worldsteel.ghtml)

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