Inda projeta alta de 40% na compra e venda de aços planos em janeiro

O Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço (Inda) afirmou que projeta crescimento de 40% nas compras e vendas de janeiro, na comparação com dezembro de 2018.

Em base anual, entretanto, as vendas devem cair 7%. Segundo o presidente do Inda, Carlos Loureiro, o recuo se dará também pelo bom desempenho do setor nos três primeiros meses do ano passado.

O Inda também divulgou os dados anualizados das vendas de aço, que subiram 4,2% em 2018, para 3,09 milhões de toneladas, na comparação no período anterior.

Dezembro

Em dezembro, as vendas de aços planos caíram 17,3%, para 188,6 mil toneladas, na comparação anual. Em relação a novembro, a queda foi de 28,1%. As compras recuaram 10,9%, para 196,9 mil toneladas, em relação a dezembro de 2017. Ante novembro, a queda foi de 27,1%.

Os estoques fecharam dezembro em 939,4 mil toneladas, alta de 0,9% ante novembro. O giro dos estoques fechou o ano em cinco meses. As importações encerraram o último mês do ano com alta de 13,7%, para 94,8 mil toneladas, em relação a igual período anterior. Na comparação com novembro, o avanço foi de 5,6%.

Ano

Apesar da alta em dezembro, as importações de aços planos caíram 1,6% no acumulado de 12 meses de 2018, para 1,22 milhão de toneladas.

Por país, o principal vendedor de aço para o Brasil foi a China, com 724,6 mil toneladas, que representou 59% do total. O segundo maior vendedor foi a Áustria, com 205,1 mil toneladas, principalmente devido às importações de chapas grossas.

Com relação às compras de aços planos, 2018 encerrou com alta de 5,4%, para 3,13 milhões de toneladas, na comparação com 2017.

Preço

Com um prêmio de cerca de 15% nos preços em relação às importações, o setor de aços planos pode ter que repensar o atual patamar caso o dólar recue do atual patamar, afirmou Loureiro. “Se o dólar cair para R$ 3,60, o prêmio sobe de 15% para 20%, daí as usinas vão ter que baixar o preço”, disse.

O atual prêmio leva em conta a moeda americana no patamar dos R$ 3,75. “As usinas estão preocupadas com o dólar, se cair mais abre espaço para importação.”

Durante o ano passado, o setor realizou reajustes que resultaram numa elevação entre 25% e 28% nos preços dos produtos. No início de 2019, o aumento de aproximadamente 25% também foi repassado para os contratos anuais com o setor automotivo.

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